A manhã fixa nos anzóis do tempo
Uma solidão de mãe.
Uma fissura na fragilidade
E nada mais soa composto,
Tudo morre incompleto:
Suas lágrimas são um rastro atávico
De um silêncio e de uma distância,
Uma lembrança periódica da impossibilidade.
A mãe tem com a manhã
O mesmo gesto de véu que não esconde,
Mas guarda o futuro,
O chão movediço do futuro.
Para Marthinha Alves, amiga do mar da alma.
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