quinta-feira, 27 de março de 2014

A manhã fixa nos anzóis do tempo 
Uma solidão de mãe.
Uma fissura na fragilidade
E nada mais soa composto, 

Tudo morre incompleto:
Suas lágrimas são um rastro atávico
De um silêncio e de uma distância,
Uma lembrança periódica da impossibilidade.

A mãe tem com a manhã
O mesmo gesto de véu que não esconde,
Mas guarda o futuro,
O chão movediço do futuro.

Para Marthinha Alves, amiga do mar da alma.