sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

desde a cama

cato sob os óculos em cruz, 
a caminho das sandálias,
que um peixe morre no aquário.

como o solilóquio oco de um martelo,
algo trepida-se e entranha-se na manhã. 

fixo no mínimo do peixe.
e vejo o vento e o vento é da cor daqueles olhotes.
o vento intocável é a desalma do peixe,
levá-lo-á a além e aléns.

(augusto dos anjos que me pariu,
leio e sinto seu humor frio,
rio contigo dos ridículos ,
faço rir aos mais ridículos.)

um nada de peixe ali, 
uma pura demolição.
Isso´é que é.

Cadê o Augusto da prateleira?
Quero rir, Augusto.
mas posso fumar.




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